artes e filosofia

O propósito da vida: vivenciar uma jornada sem rótulos

Vivenciar: o propósito em si da nossa existência

POR , ATUALIZADO EM: 30/11/2023, PUBLICADO EM: 27/11/2023

Em mundo onde somos constantemente instigados a encontrar um propósito único que dê sentido à nossa existência, vale a pena questionar: será que a vida em si não é o propósito? Será que, ao invés de buscar um propósito para  a vida único e exclusivo, não deveríamos nos abrir para a multiplicidade de experiências que a vida nos oferece?

Ouça o podcast sobre o propósito da vida

Vivenciar: o propósito em si da nossa existência

Vivemos em uma sociedade que valoriza a especialização, que nos incentiva a encontrar um caminho definido, único, uma carreira específica, um propósito claro. No entanto, ao seguir essa trilha, corremos o risco de nos perdermos na estreiteza de uma única perspectiva. A vida, ao contrário, é uma tapeçaria rica, tecida com os fios das experiências variadas, dos encontros inesperados e das reviravoltas imprevisíveis.

O propósito da vida é experienciar!

Ao questionarmos a ideia de um propósito único, nos permitimos explorar as nuances da vida. Não somos seres unidimensionais, moldados para se encaixar em um único molde preestabelecido. Somos seres em constante evolução, capazes de experimentar a alegria, a tristeza, a descoberta e a perda. E é justamente nessa diversidade de experiências que encontramos o verdadeiro propósito da vida.

Ao abrir mão da busca frenética por um propósito único, abraçamos a liberdade de explorar diferentes caminhos. Experimentamos o aprendizado que vem com os erros, as lições que surgem das escolhas difíceis e o crescimento que advém das mudanças inesperadas. Cada desvio da rota planejada é uma oportunidade de descobrir algo novo sobre nós mesmos e sobre o vasto mundo ao nosso redor.

É como se a vida fosse um vasto oceano, e cada experiência uma onda única. Buscar um único propósito seria como fixar os olhos em uma única onda, ignorando a vastidão do oceano. Ao invés disso, devemos aprender a surfar nas diversas ondas da existência, aproveitando cada subida e descida, cada desafio e vitória.

Organização e discernimento são fundamentais no caminho

Questionar o senso de um único propósito não é negar a importância de estabelecer metas e objetivos. Pelo contrário, é reconhecer que essas metas podem mudar à medida que crescemos e evoluímos. É compreender que o verdadeiro propósito da vida está na jornada, não no destino final. É encontrar significado na jornada multifacetada, repleta de experiências que moldam quem somos e quem podemos nos tornar.

É fundamental reconhecer a importância do planejamento e do discernimento na vida. Definir metas e objetivos  é uma prática valiosa, mas essa postura deve ser adotada de maneira mais fluida. Os planos podem mudar e isso não é necessariamente um sinal de fracasso, mas sim, de adaptação à complexidade da existência. A sabedoria está em encontrar equilíbrio entre a busca por objetivos e a aceitação de que a vida é imprevisível. É assim que podemos abraçar a fluidez da jornada, incorporando a flexibilidade necessária para nos ajustarmos às oportunidades e desafios que surgem no caminho.

Portanto, ao invés de nos prendermos a um propósito fixo, convido vocês a abraçar a fluidez da vida. Deixe-se levar pelas correntes das experiências, sabendo que, ao fazer isso, você está verdadeiramente vivendo. Porque, no final das contas, talvez o propósito da vida seja simplesmente viver plenamente, abraçando todas as suas nuances e reviravoltas.

Helena Marques é jornalista formada pela UFRJ e editora do site Dom de Fluir. Desde a infância estuda astrologia e a partir de 2015 ampliou os seus horizontes para o tarot e numerologia!

Helena Marques é jornalista formada pela UFRJ e mestranda em filosofia na mesma instituição.
Editora do site Dom de Fluir, desde a infância estuda astrologia e a partir de 2015 ampliou os seus horizontes para o tarot e numerologia!
Atualmente é colunista de esoterismo na Revista Ana Maria e Ibahia. Instagram: @domdefluir

Tags: , , ,

O que você achou do texto? Comente aqui!