Frida Kahlo e Diego Rivera: o amor entre Vênus de signos opostos!
Frida Kahlo e Diego Rivera, ela com Vênus em Gêmeos, ele, com Vênus em Sagitário
Frida Kahlo e Diego Rivera formaram um dos casais mais elétricos na história da arte! Referências do México para o resto do mundo, os dois exportaram a arte e a cultura do seu povo ao nível global no século XX. Todavia, além de ser conhecida como pintora, no século XXI Frida Kahlo ganhou ainda mais uma alcunha: a de ícone do feminismo.
Contudo, nada de flores e chocolates. A história de amor dos dois foi bem conturbada, com um enredo repleto de comportamentos tóxicos, inúmeras traições de Diego, até mesmo com a irmã da artista, Cristina Kahlo, após ela posar nua para o artista.
Mesmo ciente de que Diego Rivera nunca foi homem de apenas uma mulher, devido à traição do marido com a irmã, Frida sangrou. Para além de todos os seus “ferimentos” físicos e psicológicos vivenciados pela artista ao longo da vida, parafraseando a cantora Pitty: “Aquele foi de longe o mais cruel”.
Por isso, inspirada em parte pela sua “tragédia pessoal”, como também em uma manchete de jornal que leu em 1935, onde um homem bêbado esfaqueou sua esposa na cama após descobrir a sua infidelidade e justificou ao juiz: “Mas tudo o que eu fiz com ela foi dar umas facadinhas de nada!”, Frida pintou o quadro traduzido por “Umas facadinhas de nada“.
A obra representou sua forma de protesto diante da situação social e também serviu como um modo de transmutar os seus demônios diante daquela situação em que ela também se via “esfaqueada” pelo seu amor.
Frida Kahlo e Diego Rivera: Vênus em Gêmeos x Vênus em Sagitário
Curiosa que sou, fui checar o mapa dos dois e descobri que eles tinham Vênus em signos opostos! Vênus é o planeta que rege o modo que amamos na astrologia e também quais são os nossos conceitos de beleza.
Quando um casal tem a Vênus em signos opostos, esse posicionamento demonstra que os dois tinham formas COMPLETAMENTE diferentes de amar, que infelizmente, quando entram em contato, pode acontecer uma grande ebulição.
Os signos de Gêmeos e Sagitário têm o mesmo ritmo! São de qualidade mutável e isso significa que eles são mais abertos às transformações, abraçando a vida não pelo que tem de “ordenada”, mas sim, pelas possibilidades presentes nela. Ambos os signos são animados e compartilham de um grande amor pelo conhecimento. Em alguns casos, não fazendo questões de relacionamentos tradicionais.
Tanto que entre Frida Kahlo e Diego Rivera isso foi bem presente, já que eles viviam um relacionamento aberto, até o momento que a artista descobriu o caso do marido com a sua própria irmã e não conseguiu suportar.
Contudo, Gêmeos, como um signo de ar, percebe o amor de um modo mais “mental”, em alguns casos, se deixando levar mais pela ideia que ele tem do outro, do que a própria realidade daquele indivíduo. Já Sagitário, como um signo de fogo, ama de um modo mais apaixonado, livre, leve, solto e não deseja ser obstruído por “regras” sobre o seu modo de amar.
Como signos opostos, a Vênus em Sagitário pode pensar que a pessoa de Vênus em Gêmeos é dispersa e superficial, enquanto a pessoa de Vênus em Sagitário se percebe mais recolhido e profundo.
Essa diferença fica ainda mais aguda, porque Frida tinha o Sol em Câncer e Diego, em Sagitário. O Sol na astrologia está relacionado ao modo “vital” como nos colocamos no mundo. Um dos principais pilares do signo de Câncer é a necessidade de segurança emocional. Já Sagitário, deseja liberdade e explorar o mundo.
Portanto, para além de signos opostos, o Sol de Frida e Diego tinha princípios completamente diferentes. Desse modo, a falta de harmonia entre um casal seria presente de algum modo.
É claro que mesmo com uma sinastria amorosa não tão favorável, quando o casal realmente está disposto a aparar as arestas do relacionamento, é possível construir uma relação harmônica justamente através da transformação das maiores vulnerabilidades entre os dois.
Frida Kahlo e Diego Rivera: mesmo opostos, juntos até a morte!
Entre tantos altos e baixos, Frida morreu ainda casada com Diego e ele foi o responsável por reunir o acervo de obras da mulher. Na época, pediu ao poeta Carlos Pellicer para desenvolver a museografia da Casa Azul (antiga casa em que os dois moravam e hoje um dos pontos turísticos mais visitados no México). Ele reuniu roupas, cartas, livros, espartilhos e alguns dos remédios da Frida, que na época da sua morte, em 1954, ainda não era conhecida do grande público, sendo mais associada ao marido pintor.
Diego quis ampliar a influência de Frida Kahlo porque tinha certeza de que sua parceira de vida estava trabalhando em “uma série de obras-primas sem precedentes na história da arte”.
Pinturas que, para o muralista, “exaltavam as características femininas de resistência, honestidade, autenticidade, crueldade e sofrimento. Nunca uma mulher retratou em tela uma poesia tão agonizante como a de Frida”.
Os distanciamentos, as separações e os casos amorosos não eram maiores que o amor não convencional entre Vênus em Gêmeos e Vênus em Sagitário que sentiam um pelo outro e que transcendeu a morte.